Dani e a carreira marcada pelo “pecado”: “Ser bonito prejudicou-me. Não me iam operar para ficar mais feio”

O antigo futebolista português Dani fez um balanço sincero e descomplexado da sua carreira, numa entrevista publicada este domingo pelo jornal espanhol As, reconhecendo que a sua imagem e estilo de vida fora dos relvados acabaram por influenciar negativamente o seu percurso desportivo.

“Possivelmente, sim [ser bonito prejudicou-me]. O que é que ia fazer? Não me iam operar a cara para ficar mais feio”, afirmou, entre risos, o antigo jogador de clubes como Sporting, Benfica, Ajax ou Atlético de Madrid.

Dani, que hoje é comentador e figura pública, admitiu que sempre viveu de acordo com a sua filosofia de vida: “Poderia ter feito coisas mais ‘à jogador de futebol’, mas era como eu vivia, como estava feliz. E sempre segui essa máxima, de viver para ser feliz.”

Na entrevista, o ex-internacional português, de 47 anos, confessou que gostava de sair e de aproveitar a vida noturna, algo que pesou na sua saída do Sporting. “Saí do Sporting porque a minha vida fora do futebol era muito ativa, mas mandam-me para Londres [para o West Ham]!”, lembrou. “Quando lá cheguei, a imprensa dizia: ‘Fechem as vossas filhas em casa, que chegou Dani’.”

As cidades que se seguiram na carreira também não ajudaram a travar os impulsos: “E, depois disso, vou para Amesterdão! E, depois, para Madrid! Que três cidades de pecado. Eu dizia aos dirigentes: ‘Estão a brincar comigo?’”

Dani terminou com franqueza desarmante: “A verdade é que joguei futebol, mas desfrutei muito da vida.” Uma carreira que poderia ter sido mais longa ou mais bem-sucedida, mas que foi, segundo o próprio, vivida à sua maneira — com alegria, irreverência e sem arrependimentos.

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