O título de campeão nacional de futsal será discutido no Pavilhão João Rocha. O Benfica venceu esta noite o Sporting por 7-5, após prolongamento, na Luz, e adiou para o último encontro a decisão do título.
Num jogo frenético na Luz, os amantes da modalidade foram presenteados com 12 golos e futsal de alto calibre.
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Sem tempo para respirar: bola cá, bola lá, golo cá, golo lá…
Para o Benfica, só um resultado interessava: vencer no lotado Pavilhão da Luz, com o público a empurrar, e adiar as contas para o quinto e derradeiro jogo, no Pavilhão João Rocha. Já o Sporting queria fechar já as contas do título para chegar ao pentacampeonato, no jogo 600 do técnico Nuno Dias à frente dos Leões.
O Benfica começou bem este play-off, ao vencer o primeiro jogo no Pavilhão João Rocha por 5-3 nas grandes penalidades, depois de um fantástico 4-4 no tempo regulamentar e prolongamento. Os Leões tiveram de puxar dos galões para ganhar na casa dos Encarnados por 3-1, antes de vencerem o primeiro jogo em casa, por contundentes 5-1. Animicamente, os tetracampeões nacionais estariam melhor.
E quiseram deixar isso claro logo nos primeiros segundos de jogo no Pavilhão Fidelidade, na Luz. Logo aos 10 segundos, o ala Taynan apareceu solto a rematar cruzado para o fundo das redes.
A resposta encarnada foi imediata, com Ivan Chishkala a colocar a bola no fundo das redes de Tomás Paçó, ainda antes dos dois minutos. Mas, após pedido de VAR por parte do Sporting e depois de muito tempo a visualizar a jogada no monitor, os árbitros anularam o tento, por considerarem falta de André Coelho sobre Zicky-Té no início da jogada.
Balde de água fria nas hostes Encarnadas. A equipa não tirou o pé do acelerador e empatou mesmo, antes do terceiro minuto. Higor e Souza recebeu na posição de pivô, rodou e saiu em velocidade para empatar a partida na Luz. Os adeptos do Benfica faziam a festa nas bancadas.
O Benfica deu a volta aos oito minutos. Raúl Moreira meteu a bola ao segundo poste onde apareceu o russo Ivan Chishkala a colocar o esférico no fundo das redes para o 2-1.
A intensidade colocada na disputada de cada lance na quadra era evidente, mas era preciso ter cuidado. O Benfica chegou à quinta falta demasiado cedo, ficando assim condicionado, já que uma nova falta colocaria um jogador do Sporting na zona de livre direto.
O Sporting pressionou e criou oportunidades, com o guardião Léo Gugiel e Ivan Chishkala a evitarem dois golos dos Leões. Mas aos 14 minutos chegou novo empate, para o Sporting. Wesley Reinaldo colocou na área para um remate de cabeça do pivô Rocha. Até ao final do primeiro tempo, destaque para duas bolas nos ferros da baliza do Benfica: Ruben e Taynan viram os ferros serem amigos do Benfica.
Expulsões, VAR, bolas paradas e mais golos
No segundo tempo, nada mudou: intensidade, verticalidade, muitos duelos, bola cá, bola lá. O primeiro a marcar foi o Sporting, aos quatro minutos. Jacaré perdeu a bola, o Sporting saiu em contra-ataque, a bola chegou até Taynan que rematou de primeira para o 3-2. Antes de marcar, os Leões tinham visto Léo Gugiel evitar o golo em duas ocasiões.
Tal como aconteceu nos outros golos, a resposta do Benfica chegou logo de seguida, no mesmo minuto. O pivô Higor de Souza recebeu a bola após um primeiro remate de Lúcio Rocha e fez o 3-3. Que jogo frenético!.
Aos 30 minutos, um dos momentos do jogo. O Benfica pediu VAR após lance do guardiã Bernardo Paço fora da área. Os árbitros revisaram a jogada e decidiram expulsar o guardião leonino com vermelho direto: jogou a bola com as mãos fora da sua área.
O Benfica iria jogar dois minutos com mais um e já quase a terminar esse período, Higor de Souza marcou e completou o seu hat-trick no jogo. 4-3 para o Benfica, aos 32 minutos.
Três minutos depois, novo empate. O Benfica fez a sexta falta no jogo e colocou Taynan na zona de livre de 10 metros. O ala não desperdiçou e fez o 4-4.
A um minuto e 20 segundos do final, foi a vez do Sporting cometer a sexta falta no jogo, dando ao Benfica oportunidade para nova vantagem, a partir da zona dos 10 metros. O Benfica pediu VAR por considerar que havia motivo para vermelho para o guarda-redes Henrique Rafagnin na falta sobre Silvestre, mas os árbitros assim não entenderam. Na conversão do livre, Raúl Moreira rematou por cima da baliza.
O jogo iria para prolongamento.
Benfica mais forte no prolongamento
No tempo extra foi o Benfica o primeiro a marcar, logo no primeiro minuto, por Artur, num tiro que ainda bateu no poste mas só parou no fundo das redes leoninas. 5-4.
Aos dois minutos do prolongamento, uma falta de Bruno Coelho sobre Zicky-Té colocou Anton Sokolov na zona de livre a 10 metros sem barreiras, mas o remate foi contra o guarda-redes Léo Gugiel. Logo de seguida, Zicky-Té fugiu da marcação de Arthur e disparou de pé direito para um golaço. 5-5 no marcador.
Mas havia espaço para mais um golo, antes do final do 1.º tempo do prolongamento. Mais um livre direto para o Benfica, aproveitado por Ivan Chishkala para o 6-5. Os Encarnados fizeram o 7-5 a três minutos do final, novamente por Ivan Chishkala, a aproveitar bem um ressalto.
O título fica adiado para o quinto e derradeiro jogo, desta feita no Pavilhão João Rocha, casa do Sporting.
