O desporto israelita tem sido fortemente afetado pela intervenção militar de Israel na Faixa de Gaza.
Os métodos e modos do governo israelita têm sido muito criticados e são cada vez mais os governos europeus a levantarem a voz contra as decisões do Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusado de levar a cabo um genocídio contra o povo palestiniano em Gaza.
Por questões de segurança, os clubes e seleções de Israel passaram a jogar fora do território, desde o ataque do Hamas em solo israelita a 07 de outubro de 2023, que fez 1140 mortos e mais de 250 reféns. Israel respondeu e desde o início da incursão em Gaza, provocou acima de 64 mil mortos, na maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades locais, destruindo a quase totalidade das infraestruturas do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região.
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No entanto, muitos críticos têm questionado o que consideram ser dois pesos e duas medidas, defendendo que as equipas israelitas deviam ser banidas do desporto europeu e mundial enquanto durar a intervenção militar em Gaza, tal como aconteceu com a Rússia, afastada após ter invadido a Ucrânia.
As seleções e clubes de futebol tem feito os seus jogos caseiros na Hungria e agora é a vez do basquetebol ser afetado, com o arranque de mais uma edição da Euroliga de basquetebol. Isral está representado na prova pelo Maccabi Telavive e pelo Hapoel Telavive.
Esta quinta-feira, a Euroliga anunciou que os jogos caseiros do Maccabi Telavive serão disputados em Belgrado, Sérvia, tal como aconteceu nos últimos anos. Já o Hapoel Telavive fará os seus jogos como visitado em Sofia e também em Samokov, duas cidades da Bulgária.
Chipre era a opção mais óbvia, por estar mais perto de Israel, mas as autoridades cipriotas recusaram conceder essa autorização, devido às exigências de segurança associadas aos jogos. Os cipriotas justificaram também a sua decisão pelo genocídio levado a cabo por Israel em Gaza.
Mas não são apenas os jogos caseiros de Maccabi Telavive e Hapoel Telavive a serem afetados. Os dois clubes israelitas presentes na Euroliga de basquetebol não poderão jogar na Turquia, país cujas relações com Israel são tensas.
Os turcos do Anadolu Efes farão os seus jogos jogos caserios com o Maccabi e o Hapoel em Podgorica, capital de Montenegro. Falta decidir onde o Fenerbahçe irá receber os dois emblemas de Telavive. Por razões de segurança, o organismo que comanda a principal liga europeia de basquetebol decidiu não enviar equipas israelitas para a Turquia, um país onde mais de 90% da população é muçulmana.
São ainda de esperar protestos contra a presença das equipas israelitas nas várias cidades europeias que recebem jogos da Euroliga, tal como acontece em várias modalidades. A Volta a Espanha de 2025, por exemplo, está a ser fortemente afetada pela presença de centenas de manifestantes em várias etapas, que se têm mostrado contra a presença da equipa israelita Israel – Premier Tech.
