À conversa com Cristina Ferreira e Cláudio Ramos: Luís Filipe Vieira esteve no programa da manhã da TVI e acusou Rui Costa de “traição e deslealdade”

Luís Filipe Vieira foi, esta terça-feira, o convidado do programa ‘Dois às 10’, programa das manhãs da TVI apresentado por Cristina Ferreira e Cláudio Ramos. Vieira recordou os tempos em que chegou à presidência do Benfica, em , recordando o estado em que encontrou o clube, e deixou ainda várias acusações ao atual presidente e seu anterior homem de confiança na direção, Rui Costa.

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“Quando lá cheguei o Benfica não existia, estava completamente falido”, começou por dizer

Depois, explicou o que o leva a recandidatar-se à liderança dos encarnados nas eleições de 25 de outubro. “Os sócios não têm melhor ativo do que eu. Eu estava sossegado, mas começaram a falar comigo, aquilo está a resvalar…E eu tenho as condições para pôr o Benfica como todos pretendem. O Benfica vai passar por problemas gravíssimos se não me escolherem a mim”, garantiu.

“Sei que posso pôr o Benfica na linha novamente. Sei que infraestruturas posso fazer, sei do que sou capaz de fazer. Desportivamente nem vale a pena falar… Passar pelo Estádio da Luz e ver o estado em que está custa-me. A grandeza do Benfica tem de ser em tudo: pode não ter dinheiro para nada, mas para pintar aquilo tem de ter. Eu era muito chato nas manutenções. Sou muito rigoroso”, acrescentou.

Sobre o processo judicial que acabou por desencadear a sua saída da presidência do Benfica, Luís Filipe Vieira explicou: “Quem faz uma obra como fiz… geramos muitas invejas. O tempo vai-me dar razão. Não foi fácil, tive uma depressão. Tremia por todo o lado. Ter ali ‘N’ jornalistas à porta, nós não podíamos abrir os estores. Eles estavam a fazer a missão deles, era desagradável. A maneira como se passou aquele enredo todo de eu ser transportado diariamente, parecia que era um prisioneiro. Vieram trazer-me a casa de metralhadora. A minha consciência está tranquila, estou inocente. A justiça tem o seu tempo e eu estou a aguardar o tempo que seja preciso”.

Questionado sobre a amizade que mantinha com Rui Costa na altura e que agora se perdeu, Vieira acusou o atual presidente das águias de hipocrisia.

“Aprendi no Benfica a viver com a hipocrisia, era uma casa de hipocrisia. Eu sabia o que se passava. O Rui Costa era o meu ídolo, sucedeu o que sucedeu…Eu dizia que do Rui Costa tratava eu. Caminhámos juntos, sucedeu o que sucedeu quando saí. Quando entendi que tinha de sair para o Benfica não ser prejudicado, saí. Quando soube do discurso ele senti-me traído e percebi que havia muitos traidores, nem digo os nomes deles. Sabe, o jogador de futebol tem duas facetas: quando são ídolos e quando deixam de o ser… A traição nunca se perdoa, nem a deslealdade. Mas não tenho problemas de o cumprimentar, ainda agora em tribunal o fiz”, lembrou.

A terminar, e questionado a escolher entre Rui Costa ou Noronha Lopes, para próximo presidente do Benfica, Vieira não hesitou na resposta: “Nem um nem outro. O Rui foi um grande jogador de futebol, viveu muito da imagem, mas no Benfica não se vive da imagem, mas de rigor e liderança. Se somos fracos ainda pior.”

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