Os treinadores dos semifinalistas da Taça de Portugal de hóquei em patins realçaram hoje o valor dos respetivos adversários, assumindo que qualquer um pode erguer o troféu, no Pavilhão Municipal de Famalicão.
Na cidade minhota, Juventude Pacense e Oliveirense defrontam-se na quarta-feira, a partir das 18:00, antes de Benfica e Sporting protagonizarem mais um dérbi, às 21:30, com os vencedores das duas meias-finais a enfrentarem-se na tarde do dia seguinte, às 16:00.
Em jogo está a sucessão ao FC Porto, que conquistou o título em 2023/24, mas acabou surpreendido pela Juventude Pacense (4-3) nos ‘oitavos’ da edição atual.
Em conferência de imprensa de antevisão à fase final da competição, Edo Bosch mostrou-se satisfeito com o progresso que os ‘leões’ têm conseguido na adaptação às suas ideias e espera conseguir contrariar o histórico recente com as ‘águias’, uma vez que leva duas derrotas e um empate nos três confrontos da temporada.
“Será o quarto embate. Já nos começamos a conhecer bem, a perceber as armas do Benfica, que são muitas. […] A partir de janeiro, já se começou a ver um Sporting muito mais sólido e consistente. Conseguimos crescer e mostrar o nosso ADN, que queremos levar até ao final da época. Agora é o momento da verdade, das decisões”, expressou o treinador do Sporting.
Por sua vez, Edu Castro, que também cumpre a primeira época ao serviço do Benfica, mas, ao contrário do seu adversário, nunca havia treinado em Portugal, encara a final a quatro da competição como um contexto novo para si.
“Chego pela primeira vez a esta competição. Desse ponto de vista, estou muito emocionado. Sabemos da dificuldade, não me surpreenderia se qualquer uma das quatro equipas ganhasse o título. Estamos muito concentrados, aprendemos com os erros que temos cometido nos outros jogos contra o Sporting, tentando fazer acertos para colocá-los em dificuldades”, explicou o técnico galego.
Na análise à primeira meia-final, o treinador da Juventude Pacense, Hugo Azevedo, assumiu que a sua equipa parte no papel do ‘outsider’, uma vez que é a primeira vez que o clube marca presença nesta fase da competição.
Ainda assim, não reconhece no seu plantel uma valia inferior à dos adversários, destacando que este “apenas tem a menos a obrigação de ganhar”, e acredita que a eliminação do FC Porto confere ao conjunto de Paços de Ferreira um estatuto diferente.
“Tenho noção de que nós fomos a equipa que ultrapassou a ‘maior montanha’ e não podemos fugir disso. Acho que o facto de termos ganho no Dragão nos coloca aqui com legitimidade e também com a crença de que podemos fazer ainda mais e melhor”, destacou.
Por sua vez, a Oliveirense surge mais titulada e experiente, tendo inclusivamente vencido a competição por quatro vezes, mas o técnico Nuno Resende mostra-se zeloso perante um oponente que “chega extremamente motivado e joga perto de casa”.
“Já conseguimos vencer a competição várias vezes, vamos tentar, nestes dois dias, voltar a sentir isso. Em primeiro lugar, a nossa concentração está única e exclusivamente no jogo de amanhã [quarta-feira], no nosso adversário e nas nossas qualidades. É nesse sentido que estamos a trabalhar”, sublinhou.
Em termos de historial, o FC Porto é o clube que mais vezes venceu a Taça de Portugal, com 19 títulos, seguido de Benfica, com 15, surgindo depois Sporting, Oliveirense e Óquei de Barcelos, todos com quatro.