Nuno Borges desiludido após eliminação: “Acho que o fator físico acabou por não ser tão decisivo…”

Nuno Borges lutou “com o coração” frente ao tenista sérvio Miomir Kecmanovic, mas acabou eliminado nos quartos de final do Estoril Open, o challenger que o número um português pretendia tentar vencer.

“Ele foi muito superior do início ao fim. Consegui enrolá-lo, digamos assim, e dar um bocadinho de esperança. Acho que ele também sentiu o momento. Eu consegui agarrar-me a esse momento e ainda me dei algumas hipóteses, mas acho que ele jogou melhor, ele serviu melhor, respondeu melhor”, assumiu.

Depois de perder os sete primeiros jogos do encontro frente ao finalista de 2023, o 41.º jogador mundial fez sonhar as bancadas com uma inédita presença nas ‘meias’ no Clube de Ténis do Estoril ao ganhar o segundo set, após salvar dois ‘match points’, mas despediu-se pelo segundo ano consecutivo nos ‘quartos’, com uma derrota por 6-0, 6-7 (5-7) e 6-4.

“Fui tentando aproveitar aquilo que conseguia. [Fui] muito inconstante, muito só na luta com o coração. E, depois, no fim, não consegui assumir o jogo”, admitiu.

Visivelmente desiludido, após um encontro que foi “uma batalha de início a fim”, o maiato considerou que Miomir Kecmanovic o deixou “entrar no jogo” no segundo set.

“Acho que se ele tivesse mantido o nível, eu ia 6-0, 6-1, [ou] 6-0, 6-0 para casa e era o que era. Agora, felizmente, ele não conseguiu manter e aí eu pude crescer. Mas acho que tive de ‘esperar’ um bocadinho por ele, porque realmente, da maneira que ele estava a jogar, eu não tinha hipótese”, concedeu.

Depois de, na véspera, vencer o encontro mais longo de sempre no Clube de Ténis do Estoril – uma dura batalha de três horas e 16 minutos frente ao húngaro Marton Fucsovics -, Borges desvalorizou o impacto que o desgaste desse duelo teve hoje.

“Ontem [na quinta-feira] também entrei ‘break’ abaixo, com um jogador que não entrou a este nível. Ele simplesmente foi muito superior. Não sei calcular a percentagem minha que estava um bocadinho abaixo daquilo que normalmente estaria se estivesse totalmente fresco. A verdade é que ainda me senti com energia para continuar a competir. Aguentei-me ali até ao fim. Acho que o fator físico acabou por não ser tão decisivo como o nível dele”, defendeu.

Questionado sobre se a passagem pelo Clube de Ténis do Estoril foi positiva para preparar o Masters 1.000 de Roma, Borges foi perentório: “Não vim aqui para me preparar para Roma. Eu vim aqui para tentar ganhar o Estoril Open. Não vim com intuito nenhum de me preparar”.

“Sinto que pude aproveitar algumas coisas deste torneio para me dar confiança para Roma, de certa maneira. Acho que até foi uma boa preparação, nem que seja física”, ressalvou.

Com a eliminação do terceiro cabeça de série, o quadro principal de singulares do Estoril Open, este ano ‘despromovido’ a challenger e que decorre até domingo no Clube de Ténis do Estoril, fica sem portugueses.

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