Estoril Open: Cabral “queria muito ganhar” em casa, por isso derrota “pesa mais”

Francisco Cabral fez uma avaliação positiva da semana vivida no Estoril Open, mas confessou que a “derrota de hoje pesa um bocadinho mais”, porque “queria muito ganhar” a prova de pares no Clube de Ténis do Estoril.

A jogar ao lado do austríaco Lucas Miedler, o tenista português, número 54 do mundo, viu a dupla adversária, formada pelo uruguaio de Ariel Behar e o belga Joran Vliegen, levar a melhor na final do challenger de categoria 175, com os parciais de 7-5 e 6-3.

“Apesar de perder ser sempre perder, e eu quero sempre ganhar, aqui o Estoril é um lugar ‘super’ especial para mim, foi onde ganhei o meu primeiro título, é o maior torneio em Portugal, e, tal como eu tinha dito ontem [sábado], queria muito ganhar aqui, por isso acaba por me pesar um bocadinho mais esta derrota do que outras. Mas daqui a um, dois dias, já estou em casa tranquilo e já vou treinar para fazer melhor nos próximos torneios”, confessou o portuense.

Após uma hora e 14 minutos em ’court’, a jogar diante de umas bancadas meio compostas e numa tarde ventosa, Francisco Cabral confidenciou ser “difícil fazer uma avaliação muito positiva” da final, terceira consecutiva esta época a jogar ao lado de Miedler, com quem conquistou o título do challenger de Madrid.

“Mas, acaba por ser uma semana boa, num torneio muito especial para mim e onde quero ter uma melhor performance. Acho que não jogámos mal, infelizmente não foi o suficiente, porque os outros dois jogadores também são uma dupla super-experiente, souberam aproveitar as nossas debilidades e fizeram-nos sentir que eram mais fortes”, avaliou o campeão de pares do Estoril Open, com Nuno Borges, em 2022.

Cabral, de 28 anos, considerou ainda que hoje “teria sido importante ganhar um ou outro ponto, daqueles que pareciam mais caóticos para quem vê de fora, mas infelizmente caíram todos para o outro lado”.

“Acho que isso limitou um bocadinho os ‘breaks’, porque eles acabaram por se sentir mais confiantes e nós um bocadinho mais apertados. Sentimos que esses pontos estavam a cair todos para o outro lado, mas há dias assim e, nas duas semanas a seguir, teremos uma nova oportunidade de fazer melhor”, avançou o português, que está à procura de um ‘repair’ para aceder ao Masters 1.000 de Roma.

Em quatro semanas a jogar juntos, Francisco Cabral e Lucas Miedler (56.º ATP) atingiram três finais e conquistaram um título, em Madrid, o que deixa bons indicadores para o resto da temporada.

“Mesmo que tivéssemos perdido aqui na primeira ronda, nós confiamos no trabalho que temos vindo a fazer, confiamos na química que temos, tanto dentro como fora do campo. Acho que somos dois jogadores que se comportam bastante bem e agora o objetivo passa por levar este nível para torneios maiores. E, se Deus quiser, conseguir ter a performance e resultados iguais ou melhores”, rematou Francisco Cabral.

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