Stuart Baxter quer Boavista compacto e eficaz nas transições frente ao FC Porto

O treinador do Boavista, Stuart Baxter, antecipou hoje um dérbi “tenso e de alto nível” frente ao FC Porto, da 33.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, numa fase decisiva em que os ‘axadrezados’ lutam pela permanência.

Com apenas duas jornadas por disputar, Baxter sublinhou a importância da concentração e do foco no desempenho interno da sua equipa, recusando perder energia com cenários fora do controlo dos ‘boavisteiros’.

“Na situação em que estamos, o maior erro que podemos cometer é pensar em coisas que não conseguimos controlar. A minha mensagem para os jogadores tem sido clara: concentrem-se no que trabalhámos, no nosso desempenho. Não penso em vantagens ou desvantagens, apenas quero que melhoremos e que, em qualquer situação, demos 100%”, afirmou, em conferência de imprensa.

Sobre o adversário, o técnico inglês reconheceu o poderio do FC Porto, mesmo numa época aquém das expectativas.

“O FC Porto é um clube de alto nível. É certo que tiveram alguns problemas e não estão no ponto onde gostariam de estar, mas não quererão adicionar um mau resultado num dérbi à sua temporada. Prevejo um FC Porto muito motivado, tal como nós. As memórias de maus resultados são a sua pressão, mas nós também temos a nossa. Pode ser um jogo tenso, um verdadeiro dérbi. Temos que estar no nosso melhor e esperar que eles não atinjam a melhor forma. Acredito que será um jogo muito interessante”, disse.

Baxter fez ainda uma retrospetiva do recente embate com o Sporting, do qual retirou ensinamentos valiosos para o duelo com os ‘azuis e brancos’.

“O Sporting e o FC Porto têm jogadores de grande qualidade e formas de jogar semelhantes. A lição que tirámos do jogo com o Sporting foi que temos que controlar melhor determinados espaços. Ceder um golo madrugador, como aconteceu, torna tudo mais difícil. Temos que os forçar a jogar em zonas menos perigosas e garantir que não sofremos golos evitáveis. Essa foi uma lição importante e estou certo de que estaremos melhor preparados neste jogo”, garantiu.

Questionado sobre o que poderá ser decisivo no confronto com o FC Porto, o treinador destacou a importância das transições.

“Toda a gente diz que a chave está no meio-campo. Talvez. Mas acredito que, contra o FC Porto, a chave está nas transições. Se perdermos a bola, temos de estar preparados. Se a ganharmos, temos que atacar antes que eles se organizem. Estar compactos será essencial”, revelou.

O técnico deixou ainda uma palavra de agradecimento aos adeptos do Boavista, enaltecendo o apoio constante, mesmo em tempos difíceis.

“Os nossos adeptos têm sido fantásticos. A energia no jogo com o AVS foi espetacular. Impressiona-me a paixão com que apoiam uma equipa que atravessa um momento difícil. Mas percebem que as coisas estão a mudar, devagar, mas a mudar, dentro e fora do campo. Peço-lhes que fiquem connosco. Que continuem a passar essa energia. Nós prometemos que vamos dar tudo. Se for preciso dar o sangue, daremos. Essa é a atitude do grupo.”

O Boavista, que soma atualmente 24 pontos, entra na penúltima jornada com o objetivo de se distanciar do Farense e do AVS, concorrentes diretos na luta pela manutenção.

Os ‘axadrezados’, na 16.ª posição, recebe este domingo, às 20:30, no Estádio do Bessa, o FC Porto, em terceiro lugar, com 65, em jogo da 33.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que será arbitrada por Cláudio Pereira, da Associação de Aveiro.

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