I Liga (balanço): Casa Pia ‘virou’ Benfica e Braga e foi ‘rei’ das reviravoltas

O Casa Pia foi o ‘rei’ das reviravoltas da edição 2024/25 da I Liga portuguesa de futebol, ao ganhar quatro jogos que começou a perder e só sofrer um desaire depois de se apanhar em vantagem.

A formação de João Pereira, um dos quatro técnicos que se manteve no mesmo clube da primeira à 34.ª rondas, conseguiu este título, ainda por cima, de forma categórica, já que, entre as vítimas, tem o Benfica e o Sporting de Braga.

Na 19.ª jornada, o argentino Ángel Di María adiantou o Benfica em Rio Maior, a casa emprestada do Casa Pia, mas os anfitriões viraram para 3-1, com tentos de Cassiano (32 minutos), Nuno Moreira (60) e Livolant (90+4).

Depois de darem a volta aos ‘encarnados’, que sofreram em Rio Maior a única reviravolta na prova, os comandados de João Pereira fizeram o mesmo ao Sporting de Braga, na 33.ª e penúltima ronda.

O uruguaio Zalazar adiantou os ‘arsenalistas’, aos 20 minutos, mas o Casa Pia conseguiu dar a volta ao resultado, com golos de Benaïssa (45) e Livolant (79), repetindo uma proeza que só o Sporting tinha alcançado, e de que forma.

Em 10 de novembro de 2024, na ‘pedreira’, um ‘bis’ do ‘capitão’ Ricardo Horta, com golos aos 20 e 45 minutos, colocou o Sporting de Braga a vencer os ‘leões’ por 2-0, em encontro da 11.ª jornada, ameaçando estragar a despedida de Ruben Amorim.

No último encontro antes de partir rumo ao Manchester United, o técnico de 39 anos ‘recusou-se’, porém, a sair com uma derrota, depois de 10 vitórias a abrir o campeonato, e começou a reviravolta no banco, quando lançou Morita e Harder.

O médio japonês reduziu, aos 58 minutos, e, depois de o capitão Hjulmand restabelecer a igualdade, aos 81, o jovem avançado dinamarquês selou a reviravolta, com um bis, conseguido com tentos aos 89 e 90+4 minutos.

Terminou, assim, de forma épica a ‘era’ Ruben Amorim no Sporting, que igualou com esse triunfo o melhor arranque de sempre do Sporting na prova, os 11 triunfos de 1990/91, sob o comando do brasileiro Marinho Peres.

Quanto ao Casa Pia, e além de dar a volta a Benfica e a Sporting de Braga, conseguiu-o mais duas vezes em Rio Maior, face ao Moreirense (0-1 para 3-1, à quinta jornada) e perante o Rio Ave (0-1 para 2-1, à 27.ª).

No sentido inverso, o conjunto lisboeta só perdeu um jogo em que esteve na frente, à 20.ª jornada, nos Açores, onde se adiantou, por Nuno Moreira (43), mas permitiu que o Santa Clara virasse o resultado, por MT (48) e Serginho (57).

Ainda assim, o Casa Pia teve o melhor saldo (+3) entre reviravoltas conseguidas e consentidas, liderando um pódio em que ainda couberam Benfica e FC Porto.

Os ‘encarnados’ permitiram a reviravolta ao Casa Pia, mas fizeram o mesmo a Santa Clara (0-1 para 4-1, à quinta jornada), na estreia de Bruno Lage, Gil Vicente (0-1 para 5-1, à sétima) e na visita ao Farense (0-1 para 2-1, à 10.ª).

Por seu lado, o FC Porto, que não permitiu qualquer reviravolta, conseguiu vencer dois jogos depois de estar em desvantagem, no Estoril (0-1 para 2-1, à 27.ª ronda) e na receção ao Moreirense (0-1 para 3-1, à 32.ª).

O Sporting também tem um balanço positivo (+1), o mesmo de Santa Clara, Estrela da Amadora e Vitória de Guimarães, pois, além do Braga, também ‘virou’ o Gil Vicente, em Alvalade, à 32.ª ronda (0-1 para 2-1), tendo sido surpreendido, porém, em Moreira de Cónegos, onde caiu por 2-1, após marcar primeiro, à 13.ª.

Quanto ao Moreirense, foi o protagonista da outra reviravolta de dois golos, quando, à 11.ª jornada, bateu em casa o Gil Vicente por 3-2, depois de ter estado a perder por 2-0, ainda sob o comando de César Peixoto, que acabaria a época no conjunto de Barcelos.

Guilherme Schettine, aos 65 minutos, Dinis Pinto, aos 70, e Luís Asué, aos 87, materializaram a reviravolta, depois dos tentos de Tidjany Touré, aos 25, e Aguirre, aos 47.

O Gil Vicente, que ainda sofreu mais três reviravoltas e só conseguiu uma, apresenta o balanço mais negativo (-3), juntamente com Arouca e AVS.

PARTILHAR EM:

Twitter
Telegram
WhatsApp

LEIA MAIS NOTÍCIAS