Rui Borges destaca Gyokeres e Hjulmand: “Foram dois pilares”

Na extensa entrevista que concedeu ao jornal ‘Sporting’, Rui Borges enalteceu algumas das figuras importantes no plantel dos leões, e que contribuíram de forma decisiva para a conquista do bicampeonato.

O técnico começou por enaltecer Morten Hjulmand e Viktor Gyokeres, não só pela sua qualidade, como também pelo exemplo que dão aos colegas.

“O Morten tem uma personalidade muito própria e ganha o respeito logo com a sua imagem pelo carácter e tranquilidade. Respeitamo-lo logo, no momento, no bater do olhar. Tem sido um grande líder dentro e fora de campo, dá um grande exemplo, tal como o Viktor. Ninguém pode ficar atrás do que eles tentam dar à equipa. São muito agregadores na atitude, na ambição. Foram dois pilares. Também não posso esquecer jogadores muito importantes para o balneário como o Nuno Santos, que esteve lesionado e tem uma resiliência diária. É impossível não olharmos para ele como um exemplo. Quer ser melhor, voltar e ganhar”, começou por dizer.

Para além dos nórdicos, Rui Borges enalteceu também o papel de alguns jogadores com mais tempo de ‘casa’, e que ajudaram muito na construção do espírito de equipa dos verde e brancos.

“O Matheus Reis e o Ricardo Esgaio ganharam tudo no Sporting e são muito importantes porque são a imagem do Clube. Olham para ele e respeitam-nos quando falam porque conquistaram essa valorização no grupo com muito trabalho. O Daniel Bragança teve uma lesão grave e é capitão de equipa, olham para ele como um símbolo da nossa formação. Tem grande resiliência, tal como o Nuno Santos. Deixo uma palavra, também, para o Francisco Trincão e o Franco Israel. O Trincão foi dos que mais me surpreendeu. A ver de fora, olhava para ele como um jogador especial no sentido técnico, mas a capacidade de trabalho tem sido indescritível. Achava que era só um virtuoso, mas não. Até pode perder 20 bolas que nunca o vou chatear. Tem um compromisso fenomenal com a equipa e por isso é que ele é muito melhor do que era quando foi para o Barcelona, por exemplo”

Para além dos jogadores mais utilizados, o transmontano deixou também uma palavra de apreço a Franco Israel, guarda-redes que acabou por perder a titularidade para Rui Silva em janeiro.

“Quanto ao Franco: temos dado muito valor ao Rui Silva, que tem demonstrado ser um grande guarda-redes e isso deixa-me muito feliz, mas o Franco tem uma personalidade que eu adoro. Falam muito da amizade dele com o Trincão, mas ele é muito amigo de toda a gente. Respeitou sempre a minha opção de apostar no Rui Silva e tem um dia-a-dia feliz. Nunca vejo aquele rapaz triste, está sempre a puxar pelos colegas. É impossível não sorrir ao lado dele e não ter vontade de lhe dar um abraço. Todos são especiais, mas falei aqui de alguns dos quais não se fala tanto”

Finalmente, Rui Borges sublinhou a juventude no plantel da equipa de Alvalade, realçando que tal poderá contribuir para que continuem ambiciosos e com vontade de conquistar mais títulos.

“O grupo é incrível. Tem camaradagem, amizade e eles demonstram isso. Têm uma amizade muito própria entre todos, é fantástico e importante para os liderar e gerir. Também temos a nossa percentagem de trabalho e união, mas grande parte é deles. Olho para as imagens e vejo o Conrad Harder, o Zeno Debast, o Geovany Quenda, o João Simões… São miúdos de 18, 19, 20 e 21 anos e são Bicampeões Nacionais. Serem jovens também os deixa com fome de triunfar e isso é importante. Vão à procura de ser cada vez melhores e são todos assim. O Viktor Gyokeres é um bom exemplo. Tem uma fome e ambição infinitas e isso passa para os mais jovens, que olham para ele. O grupo fica com essa fome, nunca estão confortáveis com o que já conseguiram. Querem mais, mais, mais. Essa exigência é um grande factor para conseguirmos triunfar”

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