Francisco Ramos vê Portugal pronto para dominar Polónia e discutir troféu sub-21

Portugal está preparado para vencer a Polónia no sábado, na segunda jornada do Grupo C do Europeu de sub-21, e perseguir um inédito título no escalão, frisa o futebolista Francisco Ramos, dos polacos do Radomiak Radom.

“Portugal tem individualidades fortes, que poderão resolver um jogo a qualquer momento, mesmo que a equipa esteja coletivamente num dia mau. Estou certo de que eles estarão num dia bom e em alerta e que têm uma palavra a dizer neste Europeu. Ouço, por vezes, dizer que querem ir o mais longe possível, mas acredito que o objetivo dentro do grupo é ambicioso e será levar o ‘caneco’ para casa”, notou à agência Lusa o médio, de 30 anos.

Portugal e Polónia medem forças no sábado, a partir das 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Sihot, em Trencin, na Eslováquia, em desafio da segunda ronda do Grupo C, três dias depois do empate dos lusos com a França (0-0), campeã em 1988, e da derrota dos polacos perante a Geórgia (2-1), decidida com um golo no período de compensação.

“Portugal apresenta uma seleção fortíssima e um treinador competente, com largos anos de experiência neste tipo de provas e que sabe bem o que está a fazer. Por isso, não me surpreendeu nada [a exibição no encontro inaugural]. Surpreendeu-me que Portugal não tivesse triunfado e foi pena não ter conseguido marcar no início. Apesar das ausências, mostrou frente a uma equipa fortíssima que pode ganhar a qualquer adversário”, admitiu.

Com seis encontros ao serviço dos sub-21 entre 2015 e 2017, ano no qual foi convocado para o Europeu, mas não jogou, Francisco Ramos acredita que Portugal “está mais perto do sucesso” em função da competência exibida desde novembro de 2010 com Rui Jorge.

“Fora do relvado, apela imenso ao sentido de responsabilidade de cada futebolista e aos pormenores. Quando eles crescem rápido e estão num patamar muito alto nestas idades, deslumbram-se por vezes e é normal, mas o ‘mister’ consegue chamá-los à terra e dizer que estão todos no mesmo nível, independentemente do clube em que joguem”, ilustrou.

Alertando que as vitórias “começam fora do campo”, o médio assume que a qualidade à disposição facilita a missão de “jogar bom futebol e divertir as pessoas” incutida por Rui Jorge, com quem disputou os Jogos Olímpicos Rio2016 e o Europeu de sub-21 de 2017.

Finalista derrotado em 1994, 2015 e 2021, Portugal procura um inédito troféu na sua 10.ª presença, e terceira seguida, em fases finais, precisando de uma vitória frente à Polónia para ficar mais perto dos quartos de final e capitalizar o encontro entre França e Geórgia.

“Para mim, foi um pouco surpreendente a derrota a abrir da Polónia. Agora, Portugal tem de ter o devido cuidado, visto que eles têm individualidades boas e experientes e já não jogam como antigamente à procura do lado físico. Também são dotados tecnicamente e, por isso, é um adversário a ter sempre em atenção. Sei que o ‘mister’ não vai deixar que ninguém relaxe e tenho a certeza de que Portugal vai ganhar e seguir em frente”, vincou.

Vinculado há três temporadas ao Radomiak Radom, 12.º classificado da Ekstraklasa em 2024/25, que é orientado por João Henriques e conta ainda com Paulo Henrique, Rafael Barbosa e Bruno Jordão, Francisco Ramos espera uma equipa polaca a “jogar o tudo ou nada” perante Portugal, mas sem abdicar da estrutura de ‘5-4-1’ utilizada com a Geórgia.

“O guarda-redes Kacper Tobiasz é de nível alto, o Antoni Kozubal é médio e foi campeão pelo Lech Poznan, o Mariusz Fornalczyk é um extremo rápido e o Filip Szymczak marca vários golos. Alguns titulares da última partida podem ser fortes no seu raio de ação e há ainda quem alinhe fora da Polónia, mas, sinceramente, não os conheço. Portugal é bem mais forte individual e coletivamente e tenho a certeza de que levará a melhor”, finalizou.

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