A edição de 25/26 marca o regresso do Alverca e do Tondela à Primeira Liga de Futebol.
Comecemos pela equipa do distrito de Lisboa, que há já 21 anos – desde a temporada de 2003/04 – que não participava no escalão maior do futebol português.
Será a sexta participação no escalão maior, depois das presenças nas épocas de 1998/99, 1999/00, 2000/01, 2001/02, 2003/04.
A equipa do Munícipio de Vila Franca de Xira terminou o campeonato da segunda liga no segundo lugar com 63 pontos.
Tratou-se da segunda subida de divisão consecutiva, depois de o Alverca ter sido campeão da Liga 3 em 23/24.
O arranque de temporada – na Segunda Liga – não correu da melhor forma, e logo à quarta jornada provocou a saída do treinador João Pedro. Vasco Botelho da Costa foi o escolhido para assumir o leme e a equipa foi recuperando paulatinamente na tabela classificativa. Em 2025, o conjunto do distrito de Lisboa somou apenas duas derrotas no ano de 2025.
As figuras: Anthony Carter foi o homem em destaque na equipa do Alverca. O avançado australiano foi o melhor marcador da competição com 15 golos, os mesmos que Juan Muñoz, da União de Leiria. Ao nível defensivo, João Bravim destacou-se na baliza, vencendo alguns prémios de melhor guardião do mês da segunda Liga.
Com Botelho, o Alverca alcançou outra robustez defensiva, alternando ao nível tático entre três centrais e quatro defesas.
Fundado em 1939, o clube alcançou a melhor classificação de sempre em 1999/2000 com o 11.º posto.
A SAD encontra-se num período de transição, após Ricardo Vicintin, principal acionista, ter vendido a sua participação a um grupo de investidores brasileiros e espanhóis com ligações a Vinícius Júnior, num valor que ascende aos 10 ME, confirmada a subida de divisão. José Miguel Albuquerque passou a ser o novo CEO, coadjuvado pelo diretor-geral, Pedro Alves. Thassilo Soares, agente de Vinícius Júnior também terá um papel na gestão do clube.
O Alverca destacou-se por ter sido um dos clubes satélites do Benfica e teve vários jogadores que tiveram carreiras de renome no seus tempos áureos. Foram os casos de Ricardo Carvalho (1999/2000), campeão europeu por FC Porto e Chelsea, Deco (1997/98), médio extraordinário que se afirmou na FC Porto e Barcelona. Ricardo Sousa, filho de António Sousa, esteve emprestado ao clube, antes de explodir no Beira-mar.
Um dos nomes mais lembrados é o de Pedro Mantorras. O então jovem avançado angola deu nas vistas, despertou o interesse do Benfica que o viria a contratar. Teve a carreira interrompida de forma precoce devido a lesões.
Após a queda para os escalões inferiores, em 2000/01 o clube foi extinto em 2005 e ressurgiu mais tarde como FC Alverca SAD.
Quando ao Tondela, a equipa viseense atingiu o mais alto lugar do pódio na segunda liga, ao ser a equipa mais regular da prova.
Contudo, o título só foi confirmado na última jornada, a 16 de maio, após a vitória por 2-0 frente à União de Leiria, com golos de Miro (83′) e Roberto (90+4′).
A equipa tondelense liderou a competição desde a 20.ª jornada e não mais largou o primeiro lugar, somando no final 64 pontos.
Os beirões vivenciaram um período de invencibilidade entre a 1.ª e a 15.ª jornada, com destaque para as série de seis vitórias consecutivas entre a 5.ª e a 10.ª jornada. O início do campeonato iniciou-se com algum sobressalto após quatro empates consecutivos. Ao longo da competição, sofreu apenas quatro derrotas ao longo na prova, feito notável, face à competitividade e equilíbrio do segundo campeonato a nível nacional.
Figuras
Roberto, o matador tondelense, destacou-se com 10 golos apontados. Contudo, mudou-se para o Chaves neste defeso e não acompanhar a equipa ‘amarela’ no regresso ao escalão maior do futebol português. Miro, o jovem talento angolano, também se notabilizou com 10 jogos apontados em 32 jogos, entre os quais na partida decisiva frente à União de Leiria. Ao nível técnico, o timoneiro Luís Pinto conseguiu montar uma equipa equilibrada, que manteve a consistência ao longo da temporada.
Ao nível de presenças na Primeira Liga, contam-se por sete. A equipa do distrito de Viseu subiu pela primeira vez em 2016/17 permanecendo no escalão maior durante sete épocas consecutivas. Obteve como melhor classificação o 11.º lugar, em 17/18, com Pepa como timoneiro. Em 21/22 caiu novamente para a Segunda Liga, tendo no entanto atingido a final da Taça de Portugal, onde foi derrotado pelo FC Porto.
No caminho para a Primeira Divisão, os beirões somaram 17 vitórias, 13 empates e quatro desaires.
Fundado em 1933, o clube é muita vezes conhecido como o ‘Maior das Beiras’, por ser o emblema com maior expressão da região, pelos menos nos últimos anos.