O Sul-africano Byron Munton, da Feirense-Beeceler, surpreendeu em Mondim de Basto, ao vencer a 4.ª etapa da Volta a Portugal 2025 no alto da Senhora da Graça.
No final da tirada, confessou que tem vivido momentos difíceis nos últimos tempos.
“Ainda não tenho noção do que consegui, mas os últimos meses têm sido muito difíceis, porque a minha irmã foi atropelada por um carro no início do ano passado. Foram muitas emoções, estive quase para deixar de correr a dada altura, mas, com a ajuda da equipa, eles apoiaram-me em tudo”, disse.
“Hoje com os incêndios, quero dedicar a vitória aos homens que põem as suas vidas em risco para combatê-los em Portugal”, acrescentou.
“Ganhar pela primeira vez desde 1993 diz tudo, significa muito para nós. Na próxima semana vou tentar chegar à amarela. Temos de levar isto dia a dia, porque tudo pode acontecer”, terminou, comentando o facto de esta ter sido a primeira vitória da equipa do Feirense em etapas da volta desde o longínquo ano de 1993.
Artem Nych: “Está tudo em aberto, oito segundos não é nada”
Já Artem Nych, da Anicolo-Tien21, vencedor da Volta em 2024 e que nesta tirada subiu à liderança, ao chegar no terceiro posto, tendo agora 8 segundos de avanço sobre Munton, segundo da geral, frisa que nada está decidido.
“Hoje foi uma etapa longa, muito longa. Foi muito calor, parámos, depois continuámos. Disseram que a corrida ia ser cancelada. Mas eu estou contente que a corrida não foi cancelada e subimos à Senhora da Graça. Esta montanha precisa de estar na Volta a Portugal”, começou por dizer.
“Foi um dia muito bom para nós, nós tirámos a camisola amarela, que é importante. A equipa me ajudou todo o dia, muito obrigado. E agora vamos lutar”, acrescentou.
“Está tudo aberto, oito segundos não é nada. Esperamos etapas muito duras, onde podes aumentar, podes perder muito tempo. Vamos ver, ainda falta”, frisou ainda.
