O antigo treinador do FC Porto abriu o jogo sobre o momento atual da sua carreira e o impacto que a passagem pelos dragões teve na sua vida profissional e pessoal. Em entrevista ao jornalista argentino Juan Pablo Varsky, no podcast Clank!, o técnico revelou que, após quase sete anos consecutivos de trabalho em três continentes, sentiu necessidade de travar e recuperar energia.
“Voltei à Argentina quase sete anos depois e creio que necessitávamos de um travão. Andámos sem parar um único dia por três continentes. Era preciso estar sem trabalhar para ver melhor este processo, para que apareça alguma frescura e claridade. Sinceramente, já me sentia bastante esgotado”, confessou, explicando que agora dedica mais tempo à família, aos amigos e a atividades que há muito desejava, como jogar padel ou estudar inglês.
Sobre a experiência no FC Porto, o treinador lembrou a exigência do desafio: “Em muito pouco tempo, fizemos demasiado. Chegámos a um clube enorme, com muito prestígio na Europa, a meio de uma época que estava a ser má, com uma presidência com grande desejo de mudar. Havia um plantel muito desfalcado e tínhamos de absorver toda essa pressão.”
O técnico, que caracterizou os cinco meses no Dragão como “um trabalho de sobrevivência”, sublinhou que parte da sua missão foi proteger jogadores que, segundo ele, necessitavam de alguém que assumisse o peso das dificuldades.