Abel Ferreira volta a falar do futuro e garante: “Sou um treinador de projeto e de relações”

Depois do triunfo por 1-0 diante do Botafogo, que permitiu ao Palmeiras assumir a vice-liderança do Brasileirão, Abel Ferreira voltou a abordar o seu futuro no clube. O técnico português comentou o fim do processo movido pelo Al Sadd por alegado incumprimento de pré-contrato, admitindo que a resolução da questão pode abrir caminho à tão falada renovação, prometida pela presidente Leila Pereira.

O acordo entre os dois clubes passou pela negociação da percentagem de direitos económicos do avançado Giovani, sem que o emblema do Qatar aumentasse a fatia já detida.

Com declarações escritas de antemão, Abel fez questão de contextualizar a sua decisão de permanecer no Verdão: “Já estava preparado para essa pergunta. No final de 2023 tive, mais uma vez, possibilidade de sair, em condições extraordinárias. Mas, depois de sermos campeões, olhei para a minha família. Os mesmos que me tinham dito para não vir disseram: ‘daqui não saímos’. Contra o Cruzeiro, no Mineirão, eu disse: ‘eu fico’. Essa imagem está em todo o lado. Fiquei pelos meus jogadores, pelo staff e pela nossa torcida. Sou um treinador de relações, de projeto. A maior prova de amor não é dizer todos os dias ‘eu amo-te’, mas escolher ficar quando seria mais fácil ir embora”, frisou.

Questionado sobre a renovação, deixou o tema em aberto, remetendo a decisão para a família: “Em relação ao meu contrato, quem vai decidir é minha família. Mas não é o momento. O importante nunca será o Abel, mas sim o que for melhor para o Palmeiras.”

Num tom mais crítico, o treinador atirou-se à forma como é visto externamente: “Nenhum de vocês me conhece. Nem jornalistas, nem comentadores. Se quisessem conhecer-me, perguntavam às pessoas que trabalham comigo. Aqui, no jogo, encarno a personagem que quero ser. Está tudo no meu livro… Ou será que vocês não gostam de ler?”, provocou, lembrando que as receitas das suas obras e publicidades são doadas.

Abel Ferreira, cada vez mais figura central do futebol brasileiro, mantém assim o discurso de lealdade ao projeto do Palmeiras, mas deixa em aberto o próximo capítulo da sua ligação ao clube paulista.

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