Maria Heitor em histórica presença num mundial feminino de râguebi. Árbitra fará seis jogos como assistente

A noite de sexta-feira, dia 22, assinalará um momento histórico para a arbitragem portuguesa. Maria Heitor, que integra a equipa de árbitras assistentes do Women’s Rugby World Cup 2025 (WRWC), Mundial de Râguebi a decorrer em Inglaterra, de 22 de agosto a 27 de setembro, entra em ação no jogo de abertura, Grupo A, que opõe a Inglaterra, anfitriã, aos Estados Unidos da América (EUA), às 19h30, em Sunderland, no Stadium of Light.

O encontro será dirigido pela sul-africana Aimee Barrett-Theron e terá ainda a neozelandesa Natarsha Ganley como assistente.

A árbitra portuguesa, uma das seis assistentes escolhidas pela World Rugby para o campeonato do mundo feminino, atinge na competição mundial o mais alto patamar da arbitragem nacional em râguebi.

Antes deste registo histórico, Paulo Duarte, árbitro internacional português, esteve nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 e Paris2024 e no Mundial de Sevens, em 2022, na África do Sul.

Seis jogos da fase de grupos e uma aspiração

Ao todo, Maria Heitor foi nomeada para seis jogos da fase de grupos (quatro grupos) composta por 24 partidas. Fará dois encontros em cada uma das três jornadas.

Será assistente no França-Itália (dia 23, jornada 1 do Grupo D, em Exeter) e EUA-Austrália (30, ronda 2 do Grupo A, York). Em ambos os duelos integra a equipa chefiada por Sara Cox, árbitra que atingirá os 50 jogos no encerramento da fase de grupos, a 7 de setembro (Japão-EUA).

Maria Heitor, 36 anos, sobe de bandeira na mão ao relvado do Sandy Park, Exeter, para apadrinhar o segundo jogo da histórica estreia do Brasil na competição mundial diante a França (dia 31, 2ª jornada do Grupo D, Exeter). Voltará a ser assistente no encontro das Yaras na ronda 3, diante a Itália (7 de setembro, em Northampton).

Nestas duas partidas poderá reencontrar em campo Larissa Lima Henwood, ex-internacional sevens por Portugal, e antiga jogadora da Agrária.

Antes, junta-se à equipa chefiada pela sul-africana Aimee Barrett-Theron no Canadá-Escócia (6 de setembro, 3.ª jornada do Grupo B, em Exeter).

Cumprida a fase de grupos, Maria Heitor manifestou a ambição de cumprir um jogo dos quartos de final, sendo que nas meias e final a responsabilidade das árbitras assistentes será entregue aos juízes principais.

Primeira árbitra numa final doméstica

Antiga internacional portuguesa e atual inspetora da Polícia Judiciária, Maria Heitor abraçou a arbitragem depois de uma carreira semiprofissional em França (campeã gaulesa ao serviço do Lille MRC Villeneuvois) e de defender, internamente, as cores de Benfica e Sporting, clubes onde foi campeã nacional e venceu duas Taças Ibéricas (ao serviço das leoas).

Presença regular no Rugby Europe Championship e no Torneio das Seis Nações feminino, Maria Heitor escreveu ainda uma página da história da arbitragem nacional ao ser a primeira árbitra a apitar uma final da Divisão de Honra, Belenenses-Direito, em 2022.
Na temporada passada, chefiou a primeira equipa totalmente feminina num jogo do principal escalão do râguebi português, AA Coimbra diante o RC Montemor.

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