O FC Porto bateu este sábado o Nacional por 1-0, na quinta jornada da I Liga, e reforçou a liderança isolada da competição.
Samu, através de uma grande penalidade aos 31 minutos, assinou o golo que fez a diferença num Estádio do Dragão marcado por domínio portista na primeira parte, maior atrevimento insular na segunda e a presença de José Mourinho nos camarotes.
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Os dragões chegavam a esta partida embalados pelo triunfo no dérbi em Alvalade (1-2) e com o estatuto de líder isolado pela primeira vez desde maio de 2022, há mais de três anos.
Do outro lado estava um Nacional confortável a meio da tabela e moralizado pelo triunfo fora sobre o Casa Pia. A expectativa estava lançada, mas cedo se percebeu que a tarde seria pintada a azul e branco.
Logo nos minutos iniciais, a equipa de Farioli assumiu o controlo do jogo, sufocando o adversário com posse e pressão alta. Borja Sainz até chegou a introduzir a bola na baliza, mas o golo foi invalidado por fora de jogo.
Pouco depois, Rodrigo Mora ameaçou com um remate em arco, confirmando a superioridade clara do FC Porto.
A insistência acabou recompensada quando, aos 28 minutos, Borja Sainz foi derrubado na área. O árbitro Luís Godinho recorreu ao VAR e assinalou penálti. Na marca dos onze metros, Samu não tremeu: remate seco, colocado, e vantagem justa para os dragões.
O Nacional, até então retraído, só mostrou sinais de vida já perto do intervalo, quando Labidi testou a atenção de Diogo Costa com um remate de meia distância.
Sofrer e lutar até ao fim
A segunda parte trouxe um enredo diferente. Um problema médico nas bancadas obrigou a uma paragem breve, rapidamente resolvida pela equipa do Dr. Nélson Puga, e que arrefeceu o ritmo.
Farioli mexeu na equipa, lançando Zaidu, Nehuén Pérez e Gabri Veiga, mas o plano não saiu como esperado: o argentino, acabado de entrar, lesionou-se e foi obrigado a abandonar de maca.
Esse episódio coincidiu com um período em que o Nacional ganhou coragem. A equipa de Tiago Margarido soltou-se, subiu linhas e passou a ter mais bola. O FC Porto, menos acutilante do que no primeiro tempo, limitou-se a gerir a vantagem, encolhendo-se atrás e confiando na solidez da nova dupla defensiva, onde Kiwior, em estreia, cumpriu sem sobressaltos.
Apesar da maior ousadia madeirense, o golo nunca chegou. O FC Porto, mesmo sem criar perigo após o intervalo, foi pragmático e soube segurar o triunfo, mostrando maturidade competitiva e a frieza de quem sabe que também se ganham campeonatos com vitórias magras.
Nas bancadas, José Mourinho foi aplaudido de pé pelos adeptos portistas. Dentro de campo, Farioli viu a sua equipa alcançar a quinta vitória em cinco jogos, preservando a liderança isolada e reforçando a ideia de que este FC Porto está disposto a lutar com consistência pelo título.