Os bons resultados teimam em não aparecer para Ruben Amorim no Manchester United e a situação do treinador português no leme dos Red Devils complica-se. Amorim venceu apenas 17 dos 47 jogos que já disputou ao leme do clube de Old Trafford, estando a protagonizar o pior arranque de temporada do Manchester United na Premier League desde 1992/1993.
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As críticas têm subido de tom, sobretudo face àquilo a que apelidam de teimosia de Amorim em não alterar o sistema tático ao qual é fiel (o 3-4-3), apesar de este não estar a resultar.
Paul Scholes, histórico médio do United, vencedor de duas Liga dos Campeões e 11 títulos da Premier League pelo clube, pelo qual disputou mais de 700 jogos, falou sobre o tema e disse que, apesar de simpatizar com Amorim, o técnico tem de perceber que é forçoso mudar algo.
“Eu gosto do Amorim. Com tudo aquilo que diz, ele parece ser simpático, mas infelizmente os resultados pintam o quadro. Neste momento não é bom o suficiente. Neste momento, se os resultados não melhorarem as exibições não contam assim tanto. Ele tem de ganhar alguns jogos ou a pressão vai ser enorme”, começou por apontar Scholes.
“Ele não pode continuar a jogar desta forma. Simplesmente não pode. A determinado momento ele terá de pensar: ‘Tenho de mudar algo, porque o que estou a fazer não está a resultar e não estou a obter resultados'”, prosseguiu o antigo internacional inglês.
Scholes também não acha que o United se tenha movimentado da melhor forma no mercado de transferências, criticando o facto de a equipa ter gasto demasiado no reforço do ataque, com as contratações de Matheus Cunha, Bryan Mbeumo e Benjamin Sesko, não reforçando outros setores.
“Seja quem jogue naquele meio campo, cada combinação que ele tente fazer parece não funcionar. Isso é um grande problema. Pensei durante todo o verão que seria uma prioridade absoluta um novo médio que corresse, que jogasse e que conseguisse controlar o jogo”, disse.
“O guarda-redes é outro grande problema. Se Onana não é suficientemente bom, é um crime o United não ter mostrado interesse em Donnarumma quando este ficou disponível no mercado. A direção decidiu contratar avançados. E era preciso. Mas será que era necessário comprarem três?”, questiona Scholes.
