O que disse Rui Borges: o poderio da Juve, os elogios de Varandas e o sonho que é treinar o Sporting

Rui Borges antecipou, esta segunda-feira, o duelo com a Juventus em partida a contar para a 5.ª jornada da fase de liga da Liga dos Campeões.

Sporting nunca venceu em Itália. “Acredito sempre. Respondo por aquilo que acabei de falar, no trajeto da equipa técnica. É uma equipa técnica que acredita muito independentemente do desafio. Há aquele ditado que diz ‘se fosse fácil, era para outro’. Estou super motivado, super feliz por poder defrontar uma grande equipa, na melhor competição da Europa. Um grande jogo. Com a equipa cada vez melhor na sua qualidade de jogo, num momento bom. Acredito que vamos estar super motivados, tal como nós, treinadores, estamos motivados. Acima de tudo, desfrutar do jogo e que sirva de mais motivação. Às vezes temos de lutar até contra o nosso psicológico, arranjar forma de motivá-los cada vez mais para sermos e nos tornarmos melhores. Que isso sirva de motivação para o futuro, para a história deles. A história do clube também. Que continuem a marcá-la.

Spalletti elogiou Hjulmand: “É um grande jogador, por isso não me admira nada que o mister tenha dito isso. Já passou por Itália e tem muita qualidade. Mas não só ele, há vários no Sporting com muita qualidade”.

Voto de confiança de Varandas e titularidade de Ioannidis: “Voto de confiança? Os votos de confiança no dia seguinte são despedidos. Estou muito feliz no Sporting e o meu futuro passará pelo Sporting, e que seja por muitos anos. É isso que nos deixa, a mim e à equipa técnica, muito felizes. Em relação ao Fotis. Já brinquei com o Quenda, a dizer que quem vai à conferência nunca joga. Não sou eu que escolho, é a comunicação. Mas feliz por contar com o Fotis e com o Suárez. O Suárez estava com uma proteção por prevenção, apenas isso. Independentemente de quem jogar, dará boa resposta. Até podem jogar os dois, nunca se sabe”.

Varandas falou também sobre João Gião. Sabe se pode sair e se alguns jogadores do Sporting procuram vingar-se da Juve

“Penso que não se trata de vingança nenhuma. Pode motivar-nos o facto de nunca termos ganho em Itália, isso pode mexer connosco e tem de mexer. Mas vamos defrontar uma grande equipa, que trocou de treinador e agora tem um grande treinador. Em sua casa, onde ainda não perdeu esta época. Isso demonstra bem as dificuldades que vamos ter amanhã. Mas não se trata de vingança. Só de ser o que temos sido. Somos Sporting, queremos ganhar, e também temos a nossa grandeza independentemente do adversário. Vamos respeitar quem está do outro lado, mas não vamos fugir ao que temos sido, ao que somos e queremos disputar o jogo, dar continuidade ao nosso crescimento e continuar a marcar a nossa história nesta competição. Em relação ao João, é algo que me ultrapassa. Estou focado no jogo”.

Ainda tem dúvidas em relação ao onze e sobre as melhorias na defesa “Por norma, tenho sempre dúvidas até ao lanche. E os adjuntos não me deixam mentir. Eles só sabem quem joga 1h30 antes do jogo. Todos têm de estar preparados, simples quanto isso. E todos têm de ter ligações entre eles. Hoje joga um, amanhã outro. Todos têm de crescer nessas ligações. É por isso que não gosto de dizer o onze antecipadamente, porque todos têm de ter essa mentalidade. Defesa? Acho que podemos melhorar em todos os aspetos. Se melhorarmos no aspeto ofensivo, fazemos muito mais golos e podemos sofrer que ganhamos na mesma. Nos últimos jogos temos crescido a nível defensivo, e os golos que sofremos foram em transições, principalmente na Champions contra Marselha e Nápoles. É algo que temos de melhorar, principalmente neste patamar paga-se caro. No que é interno, somos das melhores defesas. Não somos a melhor nos números, mas temos crescido e melhorado. Temos de trabalhar muito no processo ofensivo também, até porque criamos imenso e podíamos ter ainda mais golos. Se marcarmos mais do que os outros, vamos ganhar”.

Sonhar em mudar-se para a Premier League? “Vou ser o mais honesto possível. O que nos trouxe até aqui nunca foi, e porque essa parte é natural, a parte financeira. Os outros países têm mais poder económico do que Portugal. Mas nunca foi isso que nos moveu. Por isso é que se calhar, ao dia de hoje, treino o Sporting. E já disse que o meu sonho era ser campeão nacional no meu país. Se ficar aqui 10 anos sou o treinador mais feliz do mundo. Jamais foi o dinheiro que me vai mover. Claro que quero dar uma vida melhor aos meus e os meus adjuntos também, mas não é esse o meu foco. O meu sonho foi chegar aqui, ser campeão e consegui. Estou a viver o meu sonho e que assim continue. Se ficar aqui muitos anos sou muito feliz”.

Mudança técnica na Juve: “A mudança de treinador mexe sempre com o grupo e com uma equipa. Com o consciente, atitude, compromisso. Independentemente de tudo, vão estar super motivados. Jogo de Champions, um grande treinador, tem toda uma história e um peso. Em relação ao jogo que tivemos oportunidade de analisar do mister Spalleti, é uma equipa que manteve o sistema. Com três centrais, apesar de jogar com um médio a central à esquerda. Adaptou um ou outro jogador, também. Sabemos que não é o sistema mais usado no seu passado, mas dentro do que observámos acredito que estaremos preparados. Se mexer de alguma forma no seu sistema, ou apresentar outro, acredito que a nossa equipa também estará preparado. Focamo-nos muito mais no que podemos controlar e não tanto no adversário, até porque tornou-se um pouco mais difícil esse estudo”.

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